Mas muito mais vivas que todas estas informações são as reminiscências de Jorge e a bela música que escolheu, um poema muito tocante de Miguel Hernandez, escrito quando ele estava preso para seu filhotinho, musicalizado por Juan Manuel Serrat. Deixo Jorge "falar" e contar-lhes sua experiência:
"Esta es una de las sopas que más me gusta hacer. sus ingredientes son los más comunes y humildes que podamos imaginar.
En la huerta, en la casa de mis padres, había cebollas y papas todo el año. Papas y cebollas contribuyeron a salvar la vida de millones de personas en períodos de hambruna.
Sin embargo, nunca mi madre preparó esta sopa.
La sopa en la casa de mis padres era más o menos siempre la misma (ver la receta de Sopa Penducha de Legumes).
Haciendo esta sopa de hoy me pregunté por qué esto era así.
Había como una cierta imposibilidad de probar combinaciones fuera de lo ya conocido. Y no era sólo algo que sucedía con mi madre. Con las madres de mis amigos pasaba lo mismo. El acceso a otras recetas estaba limitado a los recetarios que las marcas "Royal" y "Fleischman", por ejemplo, enviaban a las "amas de casa". Estos libritos eran cuidados como oro en polvo y educaban en alternativas nuevas.
El acceso actual a la información, la posibilidad de compartir experiencias y de recibir comentarios es un increíble y siempre sorprendente fenómeno para mí!!!"
- 3 cebolas
- ½ kg de batatas (2 batatas grandes ou 3 médias)
- ¼ xícara (de chá) de manteiga
- ¾ litro de leite
- ½ litro de água
- 2 colheres (de sopa) de Maisena
- 1 ovo
- ½ xícara (de chá) de queijo parmeson ralado
- sal e pimenta moída na hora a gosto
Modo de fazer:
- Descascar as batatas e cebolas, cortá-las em pedaços pequenos e refogá-las na manteiga numa panela funda.
- Acrescentar o leite misturado com a água e cozinhar até que esteja tudo macio.
- Apagar o fogo e deixar esfriar um pouco. Bater no liquidificador (ou usar um mixer de mão na própria panela).
- Voltar a panela ao fogo, em chama baixa, acrescentar a Maisena previamente dissolvida em um pouco de água (meio copo retirado do total da água da receita). Deixar abrir fervura, mexendo bem com uma colher de pau para não encaroçar.
- Quando engrossar, apagar a chama e acrescentar o ovo batido com o queijo ralado e temperado com sal e pimenta, mexendo bem.
- Levar novamente ao fogo baixo por alguns minutos (só para não ficar com gosto de ovo cru), sempre mexendo.
- Servir imediatamente em uma sopeira ou em tigelas individuais, com fatias de pão francês frito (eu frito na frigideira anti-aderente, sem gordura, só para aquecer um pouco).
Dica: os uruguaios preferem sopas mais cremosas, quase purê. Nós preferimos um creme suave e fluido. Assim, quem quiser, pode reduzir à metade a quantidade de maisena, como propõe meu irmão Bernard no comentário abaixo.
Esta sopa me fez lembrar as músicas preferidas de Jorge que ouvíamos quando começamos a namorar, seis anos atrás: ele me apresentou a Ana Belén, Juan Manuel Serrat e tantos outros. Gosto especialmente de "Derroche" na voz de Ana Belén, lindamente interpretada neste vídeo do YouTube.
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2 comentários:
Oi Micheline,
Muito obrigado pelo teu comentário no Admirável Mundo Líquido. Adorei ler tudo e escutar a explicacao dada na doce e bem modulada voz de Jorgito.
Voce vai me levar ao pecado de voltar a cozinha e intentar facer alguma das receitas.
Um abraço e parabéns pelo blog.
SSod
Muito boa esta sopa, só que duas colheres de sopa de Maizena é um pouco demais, a sopa acaba ficando muito grossa. Tive que colocar mais água. Além disto, coloquei queijo Emmentaler ao invés de Parmesan.
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