sábado, 14 de junho de 2008

Dia 020: Caldo Verde

Na Festa de Sopas para Lorenzo e Anita, o prato principal foi o Caldo Verde, depois das entradinhas de sopa (Shake de Pepino e Rouge Passion, de Melancia). Acertei em cheio: é uma das únicas sopas que Anita aprecia. Eu sempre gostei, adoro o Caldo Verde do Lamas, e Jorge ficou apaixonado por seus sabores quando provou um prato e pediu bis na festa dançante de aniversário da mãe de meu genro Pedro, Mara Nino, na SEAERJ (Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro), na Glória.

O Caldo Verde é uma das nossas heranças da colonização portuguesa: prato típico do Minho. Lá é feito com o chouriço, bem diferente do nosso. Aqui pode ser adapatado com lingüiça ou paio, e fica ótimo igual. Acho uma sopa super fácil de fazer e muito adequada aos dias mais frescos de junho. Podemos até batizá-la de sopa junina, pois é presença certa nas Festas de São João. O ingrediente básico, que lhe sugere o nome, é a couve sempre verdinha. Tão difícil explicar aos não brasileiros e não portugueses o que é esta hortaliça que cresce como mato! É conhecida também como couve manteiga, ou couve galega. Em francês é choux vert. Eu plantei em Mury, e sei o quanto ela se reproduz!


Receita de Caldo Verde

Ingredientes (para 4 pessoas):
  • 4 batatas médias (eu conto uma batata por pessoa)
  • 1 paio (lingüiça ou chouriço protuguês, como preferir)
  • 1 cebola
  • 1 maço de couve bem fresca
  • 1 litro e meio de água
  • sal e pimenta a gosto.
Modo de fazer:
  • Descasque e pique as batatas e a cebola e coloque para cozinhar na água com o sal (cerca de uma colher de chá). Quando levantar fervura, abaixe o fogo e deixe cozinhando até que as batatas estejam macias (em torno de 15 minutos).
  • Enquanto isso, lave bem a couve em água corrente, tire os talos grossos com uma faca afiada, e, sobre uma tábua, faça um rolinho com duas ou três folhas, apertando bem. Corte com a faca este rolinho, em tirinhas, o mais fino que conseguir, do mesmo jeito que se faz com a couve à mineira (tem gente que gosta da couve mais grossa, o que não é meu caso). Reserve.
  • Corte o paio em rodelas finas, e coloque numa panela, cobrindo com água, para cozinhar. Quando levantar fervura, desligue o fogo, escorra e reserve.
  • Quando as batatas estiverem cozidas, coloque-as com a cebola no liquidificador ou processador, tirando-as do caldo com uma escumadeira. Bata até conseguir uma espécie de purê (coloque um pouco do caldo do cozimento se precisar).
  • Volte este purê à panela onde está o caldo do cozimento. Quando levantar fervura, abaixe o fogo, acrescente o paio e deixe cozinhar por cinco minutos. Tempere com pimenta do reino (de preferência moída na hora), prove o sal e corrija, se necessário.
  • Só na hora de ir para a mesa, com a sopa fumegando e já com o fogo apagado, acrescente a couve cortadinha, mexa bem e... Bom apetite!
  • Servir com torradinhas.
  • No prato, cada um coloca um fio de azeite de boa qualidade (eu estou gostando muito do Colavita).
Dica: na arrumação da mesa, coloque além da colher um garfo para cada pessoa, pois às vezes é complicado só usar a colher nesta sopa.

Acompanhamos a sopa com um ótimo vinho tinto chileno que Lorenzo e Anita trouxeram, um cabernet sauvignon Tarapacá. Começamos ouvindo Charles Aznavour, em La Bohème. Descobri para vocês um vídeo lindo no YouTube, gravado em 2004, com seus cabelos muito brancos, mas o mesmo charme de sempre.

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